25 de abril de 2017

Agrotóxicos, terra e dinheiro: a discussão que vem antes da prateleira

Há um novo projeto de lei tramitando para poder pulverizar inclusive áreas urbanas com agrotóxicos para poder eliminar os mosquitos vetores da dengue, chikungunya e zika. Isso é muito temerário. 

No Brasil há uma média de 148 mortes por agrotóxicos por ano, um a cada dois dias e meio, na área rural. 

E os estudos têm mostrado na verdade que esse uso tão intenso de veneno não é tão eficaz. Eficaz é saneamento básico.

Tem a Campanha Contra os Agrotóxicos e Pela Vida, uma campanha nacional da sociedade civil que tem como uma das metas principais o fim da pulverização aérea. O Brasil hoje consome um quinto dos agrotóxicos utilizados no mundo.

Essa pauta ainda é tímida e mesmo assim sofre uma tremenda resistência. O ideal seria uma agricultura sem agrotóxicos. É uma questão ambiental para a humanidade. Não estamos nem engatinhando nisso ainda.

De 2000 a 2010 aumentou mais de 155% a quantidade de agrotóxicos por hectare no Brasil. 

Se formos falar por cultivo, a soja sozinha responde por quase metade de todo agrotóxico comercializado no Brasil. 
(70% da soja produzida é utilizada para alimentação do gado)*

É muito mais fácil os insetos enveredarem numa monocultura do que numa agricultura toda consorciada, com variedade de alimentos. 

Se tivéssemos seguido no caminho da reforma agrária, no sentido da agroecologia, da soberania alimentar, teríamos uma outra opção de inserção no mundo. 

Esses foram trechos retirados da entrevista com a geógrafa Larissa Mies Bombardi.
Leia a matéria completa: 
>>> http://www5.usp.br/107848/agrotoxicos-terra-e-dinheiro-a-discussao-que-vem-antes-da-prateleira/

*nota do blog


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